CONHECENDO O INIMIGO
No passado, o transtorno bipolar era conhecido pelo nome de psicose
maníaco-depressiva, uma doença psiquiátrica caracterizada por alternância de
períodos de depressão e de hiperexcitabilidade ou mania. Nesta fase, a pessoa
apresenta modificações na forma de pensar, agir e sentir e vive num ritmo
acelerado, assumindo comportamentos extravagantes como sair comprando
compulsivamente tudo o que vê pela frente, ou então investindo em
empreendimentos acreditando que renderão lucros vertiginosos, ou envolvendo-se
em experiências perigosas sem levar em conta o mal que podem causar.
Sabe-se que os transtornos bipolares estão associados a algumas
alterações funcionais do cérebro, que possui áreas fundamentais para o
processamento de emoções, motivação e recompensas. É o caso do lobo pré-frontal
e da amígdala, uma estrutura central que possibilita o reconhecimento das
expressões fisionômicas e das tonalidades da voz. Junto dela, está o hipocampo
que é de vital importância para a memória. A proximidade dessas duas áreas
explica por que não se perdem as lembranças de grande conteúdo emocional. Por
isso, jamais nos esquecemos de acontecimentos que marcaram nossas vidas, como o
dia do casamento, do nascimento dos filhos ou do lugar onde estávamos quando o
Brasil ganhou o campeonato mundial de futebol.
Outro componente envolvido com os transtornos bipolares é a produção de
serotonina no tronco-cerebral (o cérebro arcaico), uma substância
imprescindível para o funcionamento harmonioso do cérebro.Depressão e Euforia

Sintomas do Transtorno
Você pode estar pensando: “todo mundo tem variações de humor”. Na verdade, essas
oscilações fazem parte da vida, mas existem diferenças entre a normalidade e a
patologia. Os sintomas da doença podem confundir até mesmo os médicos. Por
isso, é importante procurar um especialista que possa analisar todas as
características com cautela.
Entenda os principais sintomas:
·
Depressão — apatia, tristeza,
desinteresse, isolamento social, alterações no sono, perda de concentração e
outros;
·
Mania – euforia, agitação,
compulsão, fala acelerada, insônia, agressividade, delírios e alucinações;
·
Hipomania – sintomas parecidos com o
da mania, mas que se apresentam de forma mais moderada.
Tratamento da Bipolaridade
A medicina não apresenta cura para o transtorno
bipolar, mas existem medicamentos que podem controlar os sintomas da doença. O
grande problema é o diagnóstico correto, que pode levar muitos anos para ser
feito. Além da medicação, outras medidas auxiliam no tratamento do distúrbio,
como:
·
Praticar exercícios físicos;
·
Evitar o uso de drogas, álcool e cigarro;
·
Buscar atividades relaxantes e prazerosas;
·
Tratamento psicológico.

COMO A FAMÍLIA E AMIGOS PODEM AJUDAR?
Antes de mais nada é necessário conhecer a doença e
o tratamento do transtorno bipolar do humor. Mesmo assim, cada novo episódio
representa um desafio, porque se misturam problemas individuais, questões
pendentes, características de cada família.
O apoio ao tratamento é fundamental para ajudar o
paciente em momentos difíceis a manter os medicamentos na dose certa e no
horário prescrito. Bastam alguns dias sem tomar a medicação ou tomando menos
que necessário para que entre em nova crise. Compreender os sintomas não como
seu jeito de ser, mas como doença, alivia muito e reduz o sentimento de culpa
no deprimido. O doente em euforia requer firmeza e paciência, porque o
relacionamento se torna mais desgastante. Ele pode recusar as orientações da
família, alegando que agora toda vez que se sentir feliz e de bem com a vida
logo pensam que está em mania. A intervenção junto ao médico antes que perca a
autocrítica previne conseqüências piores ou eventual internação.
- se os medicamentos estiverem causando efeitos
colaterais muito incômodos e o paciente mencionar que quer parar com tudo isso,
o médico deve ser informado;
- detectar com o paciente os primeiros sinais de
uma recaída; se ele considerar como intromissão, afirmar que é seu papel
auxiliá-lo;
- falar com o médico em caso de suspeita de idéias
de suicídio e desesperança;
- compartilhar com outros membros da família o
cuidado com o paciente;
- estabelecer algumas regras de proteção durante
fases de normalidade do humor, como retenção de cheques e cartões de crédito em
fase de mania; auxiliar a manter boa higiene de sono;
programar atividades antecipadamente.
- mesmo depois da melhora, há um período de
adaptação e desapontamento; é importante não exigir demais e não superproteger;
auxiliá-lo a fazer algumas coisas, quando necessário;
- evitar chamar o paciente de louco ou demonstrar
outros sinais de preconceito, que favorecem o abandono do tratamento; tratá-lo
normalmente e apontar sintomas com carinho;
- aproveitar períodos de equilíbrio para
diferenciar depressão e euforia de sentimentos normais de tristeza e alegria.
COMO O PACIENTE PODE SE AJUDAR?
A pessoa mais interessada no próprio bem-estar é
quem está doente. O paciente com transtorno bipolar do humor tem uma doença que
costuma durar a vida toda, que se mantém sob controle com tratamento adequado.
Cabe a ele o esforço de manter o tratamento: é ele quem toma os medicamentos -
ou não. Ninguém pode forçá-lo, a não ser em situações que ponham em risco a sua
segurança ou a de outros. Portanto, se você é portador do transtorno bipolar:
- comprometa-se com o tratamento - discuta dúvidas
com seu médico, eficácia dos estabilizadores do humor, intolerância a efeitos
colaterais, etc.;
- mantenha uma rotina de sono; mudanças no sono ou
redução do tempo total de sono podem desestabilizar a doença; converse com seu
médico, caso precise mudar o hábito de dormir;
- evite álcool e drogas; além de interagirem com
algumas medicações, também agem no cérebro, aumentando o risco de
desestabilização da doença; se tiver insônia ou inquietação, não se automedique
- converse com seu médico;
- evite outras substâncias que possam causar
oscilações no seu humor, como café em excesso, drinques, antigripais,
antialérgicos ou analgésicos - eles podem ser o estopim de novo episódio da
doença;
- enfrente os sintomas sem preconceito - discuta
com seu médico sobre ele;
- se não estiver podendo trabalhar, "não
queime o filme" - é mais sensato tirar uma licença, conversar com a
família ou com o patrão, e se permitir convalescer;
- lembre-se: você está bem por tomar a medicação;
se parar de tomá-la, mesmo após 5 ou 10 anos, os sintomas podem voltar sem
prévio aviso; é preciso manter-se alerta para o aparecimento dos primeiros
sinais, como insônia e irritabilidade;
- há indícios de que quanto mais crises da doença a
pessoa tiver, mais ela continuará tendo, por isso, procure participar
ativamente do tratamento;
- descubra seus sintomas iniciais de nova crise
depressiva ou maníaca - tome nota e avise imediatamente seu médico;
- aproveite períodos de bem-estar para redescobrir
como você de fato é; como são os sentimentos de tristeza, alegria, disposição e
como você lida com seus problemas;
- quanto mais você conhecer a doença, melhor você
poderá controlar os sintomas no período inicial; proteja-se: evite estímulos de
risco em potencial, como decisões importantes, relações sexuais sem preservativos,
projetos ambiciosos, gastos - ponha seus planos no papel e espere para
executá-los quando se reequilibrar; procure canalizar hiperatividade ou idéias
negativas para atividade física ou manual; se estiver deprimido, dê-se um
empurrão, pois a iniciativa está em baixa;
- procure e aceite ajuda da família e dos amigos
quando perceber que não consegue se cuidar sozinho.
- é comum querer parar o tratamento, ou porque vai
tudo bem, ou porque não está dando certo; procure conversar com outras pessoas
com o mesmo problema, que já passaram por isso; lembre-se de como era seu
sofrimento; discuta com a família se valeria a pena buscar uma segunda opinião
sobre o diagnóstico e o tratamento.
Temporariamente o paciente pode ficar inapto a se
tratar adequadamente. Nestas fases a intervenção amiga da família é
fundamental.
MENSAGEM FINAL
Há quem considere que o transtorno bipolar do humor
"é como um animal selvagem em sua mente, pronto para escapar a qualquer
momento", e que precisa de grades fortes para ser contido. Às vezes a
porteira se abre um pouco e ele volta a ameaçar - o importante é não deixá-lo à
solta. A luta a ser travada com esse animal é longa e difícil, mas vale a pena
- vale o resgate da própria vida.
Compartilhar essas lutas com outros pacientes e
familiares pode servir de exemplo e motivar quem está a ponto de desistir de si
mesmo. São bem-vindas iniciativas como as da ABRATA (Associação Brasileira de
Transtornos Afetivos), que auxilia no amparo aos pacientes através da própria
experiência com o transtorno afetivo bipolar.
As terapias complementares, como Florais de Bach, Cromoterapia, Acupuntura e outras, poderão aliviar muito os sintomas, e ajudar o paciente a encontrar o equilíbrio necessário à sua harmonia física e espiritual. Essas terapias funcionam como excelentes auxiliares, mas deve-se sempre procurar a orientação de um médico especializado.
As terapias complementares, como Florais de Bach, Cromoterapia, Acupuntura e outras, poderão aliviar muito os sintomas, e ajudar o paciente a encontrar o equilíbrio necessário à sua harmonia física e espiritual. Essas terapias funcionam como excelentes auxiliares, mas deve-se sempre procurar a orientação de um médico especializado.
Fontes:
http://drauziovarella.com.br/clinica-geral/transtorno-bipolar/
http://www.abrata.org.br/site/depressao/transtornoBipolar.asp
http://natural.enternauta.com.br/
Parabéns pelo artigo. Sobre as técnicas que utiliza, por algumas experiências - própria - e de muitos amigos com transtorno bipolar, elas funcionam mais para diminuição de ansiedade - importante sintoma do "pacote bipolar", porém, para crises de mania ou mesmo depressões mais sérias - típicas de quadros de bipolaridade, não trouxe um resultado significativo para tratamento - infelizmente. Como "complemento" e não como alternativa, eu creio que ajude SIM, muitos portadores de bipolaridade. Principalmente como dito: em situações de ansiedade (todos descritos no do F41 do DSMIV-TR, por exemplo). Forte abraço, Elke Eleuteio - Bipolar
ResponderExcluirBrasil
Muito obrigada pela sua visita, Elke! Sim, eu compreendo o que diz a respeito das técnicas complementares. Por isso, prefiro chamá-las de terapias complementares, pois todas as vias de tratamento devem ser utilizadas! Já visite teu site! Parabéns pelo seu trabalho! Maravilhoso!
ExcluirForte abraço de luz para você!
Excluir"Dompter" le trouble bi-polaire et ses épisodes maniaco-dépressifs n'est pas une mince affaire!
ResponderExcluirIl semblerait que,une fois que le diagnostique est posé ( cela peut prendre de nombreuses années ) la prise es charge de la "maladie" par le patient lui même donne de bien meilleur résultats que de simples consultations chez le psychiatre.
La psychoéducation ( comprendre la maladie, établir son propre diagramme, repéré les signes avant-coureurs...)
http://www.allodocteurs.fr/actualite-sante-bipolaires-une-psychoeducation-pour-apprivoiser-la-maladie-5654.asp?1=1
De plus des techniques complémentaires comme la méditation de pleine conscience , l'activité physique, la respiration....apportent souvent une grande amélioration globale
http://www.dailymotion.com/video/xmjmdo_mediter-avec-christophe-andre-pleine-conscience-de-la-respiration_lifestyle
De nouvelles approches se profilent dans le cadre des médecines conventionnelles comme la stimuation magnétique trans-crânienne répétitive
http://www.douglas.qc.ca/faqs?category_id=26&sub_category=Stimulation+magn%C3%A9tique+transcr%C3%A2nienne+r%C3%A9p%C3%A9titive+(SMTr)La%20stimulation%20magn%C3%A9tique%20transcranienne
Au niveau des médecines du futur il faut aussi parler des systèmes quantique comme l'extraordinaire système LIFE qui présent l'avantage d'être totalement non invasif
http://www.corzeame.fr/technologie_quantique_holistique/systeme_life.html
Merci à Sandra pour cet excellent article
Bonne route à tous
Chris
Merci beaucoup à vous, Chris! Merci pour ! votre commentaire! Tu es très gentil! Merci pour votre contribution pour les liens!
ExcluirBonne journée!
Sandra